sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O VALE DO SOL RADIANTE.
CARLOS AUGUSTO PRATES DE MENEZES
DIREITOS RESERVADOS (PROIBIDA REPRODUÇÃ0)
SUMÁRIO
1)-  O LOBISOMEM
2)-  NA TOCA DA FERA
3)-  SOB NOVOS ATAQUES DE FERAS.
4)-   A CAVERNA
5)-   A MOÇA MISTERIOSA.
6)-   AUDIÊNCIA COM O PREFEITO
7)-  INTERVENÇÃO DO EXÉRCITO.
8)-  RETORNO A CAVERNA
9)-  DESCOBERTAS IMPORTANTES
10)- O VALE
11)- 0 QUILOMBO
12)- O REFÚGIO NOTURNO
13)- O RETORNO
14)- CONDECORAÇÃO.
15) UM ANOS DEPOIS.

Está história os acontecimentos narrados, os personagens e tudo o mais descritos aqui são fictícios produto da imaginação do autor.
Boa leitura
Att.
Carlos Augusto Prates de Menezes.(autor)


O VALE DO SOL RADIANTE.                                                               
(as aventuras do sargento Mário cuiudo)

O LOBISOMEM,
ROSÁRIO 1947.
A cidade estava em alvoroço, tomada pelo medo.
Os comentários em toda a parte dava conta de ataques violentos e mortais .
Que vinha acontecendo nos últimos seis meses, as vitímas apareciam mortas com o ventre aberto e oco .
Os ataques eram na zona rural, principalmente aos rebanhos bovinos,ovinos e também equinos.
A preocupação do sargento Mário Cuiudo aumentou quando os ataques começaram também na zona urbana.
Duas moças foram encontradas na vila Arigony, mortas junto a linha do trem .
Ventres abertos e vazio, os médicos concluíram que apesar da violência com que foram mortas, não havia sinais de terem sído molestadas sexualmente.
Provalmente essas mortes foram de autoria de um animal grande e feroz, com  dentes e garras muito afiados.
E todo mundo falava em um Lobisomem.
Uma senhora contou que esteve frente a frente com a fera que tinha olhos grandes e vermelhos .
peludo e escuro, anda em duas patas e corre como um cão e medindo mais de dois metros de altura, dentes e garras enormes .
Estava a caminho do frigorífico, seu turno começava as 22hs escapou com vida porque tropeçou e caiu .
E  o animal que passou de um salto por cima dela, carregava a boca  outro animal que podia ser um cachorro, dizia ela .
O horror tomava conta da pequena cidade, e quando a noite chegava a angústia de todos aumentava, qualquer uívo dos cachorros assustava.
Depois de muitas reuniões das autoridades  públicas,decidiram caçar a fera e Mário recebe reforço de cidadãos, bons atiradodores e caçadores.
Patrulha armada faziam rondas pela cidade principalmente nos logradouros mais escuro.
Cem  homens divididos em grupo de dez, prontos pra atirar em qualquer bicho estranho que encontrasem pela frente.
Mas chegou notícias do Rincão dos peres, onde os ataques começaram e  eram  constantes na região nas noites de lua cheia.
Mário e sua tropa foram pra lá, ficaram acampados na fazenda do Angico .
Uns sessenta homens armados de espingardas,revólveres, facões  e uma disposição danada de pegar o bicho.
outros quarenta ficaram cuidando  da cidade, pois muitos moradores saíam de madrugada para trabalhar no frigorífico local.
As buscas na região começaram durante o dia grupos de cinco examinam estradas, campos, mata nativa  e bosques de eucaliptos e pinhais.
Foram encontradas carcaças de animais  em vários lugares diferentes  a situação era crítica.
A noite grupos de dez saiam patrulhar,os cães ficavam muito agitados e farevam o ar e uívavam   e assim se passou  dez dias.
Mário Cuiudo e seus comandados retornaram a cidade sem resultado positivo.

NA TOCA DA FERA,  a caçada contínua.
Como as notícias de ataques no rincão dos Peres continuava e rumores chegavam também do rincão dos Menezes.
Mário conversou com o prefeito e decídiram que deveriam retomar a caçada a fera .
Mário volta a fazenda do Angico com seus 40 homens agora era tudo ou nada.
Um cabloco velho da região chegou a tardinha, pedindo pra falar com o sargento.
Montava uma mula baia, magrela e velha que mostrava sinal de cansaço, amarrou junto ao pé de um  sinamômo, tomou água .
E disse:
 Sargento subi  qui o Sinhõ  ta procurando o bicho brabo
da escuridão, acho que sei onde ele se escondi.
Mário pulou do Cepo de eucalipto, onde estava sentado
e disse:
- Cuiudo velho, palavra de Mário Cuiudo é lei, se tu me mostra onde acho o bicho te dou um cavalo novo de presente.
- intão Vá com uns homens lá no meu ranchinho, eu moro lá atrás do cerro do lagarto. (cerro monte ou montanha)
 Dá um dia de caminhada daqui pela estrada velha. (Um dia de caminhada 30 km).
No cerro uiva todas as noites um bicho, e num é raposa sorro(canídeo de pelo esfumaceado, meio cinza)  nem lobo guará .
qui esses eu cunheço bem, é um bicho grande e forte já vi  passa correndo pelo campo perto do meu ranchinho.
Mário imediatamente convocou 20 homens:
 -  Saíremos de manhã cedo, com nosso amigo velho e dessa vez o bicho não escapa.
Deu um cavalo ao cabloco, para que pudesse acompanhar a caravana, partiram ao romper do sol .
Chegaram ao rancho do cabloco Bastião, feito de torrão e barro coberto de capim sapê  e três comodos.
 Ao meio dia acamparam sob o árvoredo, o lugar sem vizinhos nenhum, era silencioso.
Tinha muito mato nativo era um lugar bonito rústico, meio selvagem.
Bastião informou:
-  Lá em cima do cerro bem na cabeça do lagarto, tem várias grutas  e uma cacimbá di água que nunca seca.
Quando eu era mais novo gostava de passar uns tempos lá em cima  e conheço bem, a gruta maior ao meio da pra morar.
O bicho ta lá porque quando o vento sopra do sur, a fedentina(mau cheiro) é grande, os uivos vem de lá.
Naquela tarde examinaram bem o terreno e a picada por onde subiríam ao cerro .
Descansaram comeram pão com linguiça seca, e bem a tardinha começaram subir, armados com tudo que podiam.
A noite caiu no cerro eles estavam a um quilometro das grutas e lua estava tímida, mas tava pra manter no campo de visão a gruta maior.
Ali formaram um semi - círculo  bloqueando a entrada da gruta e esperavam  pelo bicho da escuridão.
um quilometro de distância era prudente manter para atirar em tudo que se movesse .
os uívos começaram por volta da meia noite, mas vinham lá de baixo do  cerro  subindo do rabo do lagarto, em direção onde estavam .
Mário gritou:
- Cuiudos preparados o bicho já caçou e vem pra toca vamu  tapa ele de bala, e não economizem chumbo.
O silêncio voltou a reinar, a lua agora estava iluminando tudo, muito clara e resplandecente no céu.
Mário consultou o velho relógio de bolso era duas da manhã, pensou:
- O bicho ta brincando com a gente.
Quatro horas os uívos recomeçaram e agora pareciam mais perto,
viram movimento abaixo no mato rasteiro, e a artilharia disparou unida .
Um animal grotesco ágil e vigoroso  pulou por cima do local onde mário estava, cerro acima  mais parecia um cavalo xucro desembestado ladeira acima pulava alto.
Mário gritou:
- tai o bicho cuiudos vamos perseguir e bala nele.
e começaram a avançar atirando muito .
A fera desapareceu gruta a dentro uívando muito e o silêncio voltou a reinar no cerro.
Estavam a uns 500 metros  da gruta maior, Mário gritou:
- Cuiudos vamos esperar, mas de olho aberto, vai amanhecer daqui a uma hora .
Ao amanhecer avançaram e estavam em frente a gruta, o mau cheiro era grande e restos de ossos haviam por todo o lado.
Ao examinar melhor Mário achou muito sangue a entrada e disse:
- Vamos entra na gruta não tem outro  jeito .
Entraram com cuidado passo a passo, lanternas na mão revólver em punho.
  e acharam um homem branco forte, cabeludo e barbado, bermuda Jens esfarrapada sentado encostado a uma pedra Banhado de sangue agonizando.
Homens curiosos e com pavor arrepiante viram Mário se aproximar do morimbundo que disse baixinho:
 - Salvem meu filho, salvem meu filho:
 e morreu,  estava ferido com vários tiros de espingarda .
Tiraram o corpo pra fora e examinaram melhor ao redor encontraram na caverna menor

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